Uma teoria da produção das idades, nas modulações de Pierre Bourdieu, seria um projeto fracassado sem uma abordagem profunda da noção de habitus da idade. Operando com a noção de uma meta código da idade, o artigo aprofunda a análise da articulação entre campo social da idade, seus dois subcampos (longevidade e classes de idade) para distinguir, a partir da realidade da cultura moderna dominante, a produção social do habitus de idade em diferentes fases (infância, juventude, vida adulta, terceira idade, etc.), distinguindo, além disso, o habitus geracional, vinculado ao sub-campo das gerações. O artigo postula os elementos conceituais com os quais está construído como ferramentas úteis para a gerontologia e os outros discursos que abordam as idades.